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Cidadania mundial - Registro dos Cidadãos do Mundo - ASCOP - Congresso dos Povos
POR QUE CIDADÃOS DO MUNDO ?
 Por que cidadãos do mundo? Por que o Congresso dos Povos? Por que a Nomeação Direta de delegados dos povos a uma Assembléia Constituinte para a Paz e a Organização Mundial?

Milhares de homens e mulheres e, entre eles, os maiores nomes das artes, das letras, das religiões e das ciências, declaram-se, hoje, Cidadãos do Mundo em nome de uma luta comum para a organização da paz e da segurança, fundadas em instituições mundiais.

A exemplo das cidades de Hiroshima, de Cahors, de Figeac, de Nîmes, de centenas de comunidades do Japão, do Gard e do Lot, mundializadas desde 1950, outras comunidades se declaram simbolicamente território mundial.

Já não se trata de sonhos longínquos, mas de fatos que surgem espontaneamente ou de maneira concertada um pouco por toda parte do mundo. As perguntas e resposta que seguem, permitem encontrar o significado deste trabalho que se está a realizar por toda a superfície do globo.

1. QUAL DEVE SER HOJE A PREOCUPAÇÃO DOMINANTE DE TODOS OS HOMENS ?

Será a de inventar e realizar as idéias e as instituições susceptíveis de se oporem eficazmente às ameaças que se acumulam agora. Pela primeira vez na História, o homem conquistou o poder de destruir a espécie.

Nem o equilíbrio do terror e nem a política de distensão entre os dois Grandes constituem a paz; eles são instáveis e correm o risco de oscilar sob o efeito de conflitos locais. A proliferação e a disseminação das armas nucleares aumentam a probabilidade de um erro fatal ou de um acesso de loucura imprevisível.

Nenhuma outra pergunta pode ser validamente examinada sem antes estar esta primeira resolvida.

SE A GUERRA GERAL, OBRIGATÓRIAMENTE ATÔMICA, DEFLAGRAR-SE, NADA DO QUE VOCÊ FAÇA COM CORAGEM E HONESTIDADE TERÁ SIGNIFICADO.

2. OUTROS PERIGOS PESAM SOBRE O GÊNERO HUMANO ?

A desnutrição de 2/3 da humanidade para a qual as nações providas de tudo se mostram incapazes de encontrar solução, é hoje inaceitável e constitui um permanente perigo de guerra.

A poluição da atmosfera e da água, a ganância e o desperdício das matérias primas e dos recursos energéticos fósseis, o aumento demográfico galopante, a desordem monetária e a miséria da maioria, no meio da abundância de poucos, é urgente suprimir.

NA NOSSA ÉPOCA OS PERIGOS QUE AMEAÇAM TODOS OS SERES HUMANOS MULTIPLICAM-SE E TOMAM UMA DIMENSÃO PLANETÁRIA.

3. A SOLUÇÃO DESTES PROBLEMAS PODE SER PROCURADA NO QUADRO DE CADA NAÇÃO ?

Não. Tornou-se absolutamente impossível. Devido a interdependência estreita das nações do mundo inteiro, em todos os domínios, já nenhum indivíduo, nem nenhum povo, pode doravante esperar ficar a parte de um conflito generalizado, ainda menos vencer por ele próprio as dificuldades que assolam a população do globo.

Apesar das conferências-alibi intermináveis, das deslocações inumeráveis dos homens de Estado, das tentativas de entendimento e de reagrupamentos continentais, os riscos persistem. Todas as pesquisas de uma política nacional ou multinacional de segurança e de paz estão fadadas ao fracasso. E’ necessário que as nações ou grupos de nações se submetam a uma autoridade democrática mundial de arbitragem.

PARA ORGANIZAR A PAZ E RESOLVER OS PROBLEMAS MUNDIAIS DE SOBREVIVÊNCIA SÃO OBRIGATORIAMENTE NECESSARIAS INSTITUIÇÕES MUNDIAIS.

4. EXISTEM ELEMENTOS CONCRETOS QUE POSSAM SERVIR DE BASE À IDÉIA DA CIDADANIA MUNDIAL?

Sim, esses elemenos existem. Em primeiro lugar, as dimensões do mundo reduziram-se consideravelmente: para se ir de Paris a Nova York ou a Moscou leva-se hoje menos tempo do que era preciso, há cinquenta anos, para se ir de Paris a Orleans. Depois, sob o impulso de novas técnicas de produção, os habitantes do mundo inteiro tomam cada vez mais consciência da solidariedade que os une no interior de um único espaço mundial: o agricultor francês utiliza o trator alemão ou americano; a India e a China têm necessidade dos trigos da Ucrânia ou de Manitoba; a Alemanha e a Inglaterra são tributárias da agricultura francesa ou holandesa, etc. Além disso, todos são solidários na angústia, face a uma guerra que ameaça igualmente os seus bens, as suas liberdades e as suas próprias existências. Têm os mesmos receios e as mesmas esperanças quanto à utilização da energia atômica ou da conquista do espaço, por exemplo, conforme vêem pavorosos meios de destruição ou as promessas de uma melhoria de vida material.

QUE O SAIBAM OU QUE O IGNOREM AINDA, OS HOMENS HOJE SÃO CIDADÃOS DO MUNDO.

5. QUE CONSEQUÊNCIAS SE DEVEM TIRAR DO QUE ANTECEDE ?

Que importa é, que bem depressa, cada homem e cada povo aprendam a distinguir, de um lado, os interesses que lhes são próprias e podem eventualmente opô-los uns aos outros, e, de outro lado, os interesses comuns cuja defesa incumbe a todos os homens e a todos os povos.

Estes últimos devem ultrapassar os outros, porque os condicionam. Com efeito, as necessidades particulares das lutas entre nações ou ideologias perdem todo o significado se não se asseguram primeiramente a todos um mínimo de alimentação, de informação e de segurança. Faltando estas garantias, todo e qualquer conflito, quaisquer que sejam os motivos e os resultados, estão necessáriamente votados ao absurdo. Os que foram capazes de fazer distinção e de se aperceberem das suas consequências são, desde já, cidadãos do mundo.

DISTINGA OS INTERESSES COMUNS DE SOBREVIVÊNCIA E OS INTERESSES POLÍTICOS DE NAÇÕES E DE CLASSES.

6. QUAL O OBJETIVO PRINCIPAL DOS CIDADÃOS DO MUNDO?

E' a organização, no mundo inteiro, de eleições livres e democráticas para a designação de delegados a uma ASSEMBLÉIA CONSTITUINTE DOS POVOS. Estas eleições serão democráticas no sentido de que terão por base uma igualdade absoluta entre os eleitores representados proporcionalmente ao seu número (por exemplo, um delegado por um milhão de habitantes).

Caberá à Assembléia assim eleita definir o conteúdo da noção de cidadania mundial e criar as instituições mundiais, graças às quais serão asseguradas as liberdades e as seguranças assim definidas. Não se pode, pois, decidir hoje qual será a forma dessas instituições: só à Assembléia competirá decidir.

PARA O ESTABELECIMENTO DE LEIS MUNDIAIS, VOCÊ DEVE RECLAMAR AS ELEIÇÕES PARA A "ASSEMBLÉIA CONSTITUINTE DOS POVOS".

 

7. A "ASSEMBLÉIA CONSTITUINTE DOS POVOS" PODE REUNIR-SE SEM PRAZO FIXADO ?

Não, porque a Assembléia Constituinte dos Povos é uma meta ainda inacessível immediatamente, como o demonstra a experiência de numerosos anos de luta. E' por isso que os Cidadãos do Mundo deram o seu apoio ao projeto do "Congresso dos Povos", realizável a curto prazo.

Os primeiros delegados a este Congresso, eleitos nomeadamente pelos Cidadãos do Mundo registrados, convidarão em seguida as organizações e coletividades tendo no seu programa a "Assembléia Constituinte dos Povos", depois as que são favoráveis à criação de instituições mundiais supranacionais, e enfim as que trabalham para a paz, a união e a amizade entre os homens, para que elejam os seus representantes ao Congresso. Este tornar-se-á, por etapas sucessivas, cada vez mais representativo, até à sua substituição pela "Assembléia Constituinte dos Povos".

O CONGRESSO DOS POVOS, PRIMEIRA TRIBUNA DA OPINIÃO PÚBLICA MUNDIAL.

8. OS CIDADÃOS DO MUNDO DEVEM TER TODOS A MESMA CONCEPÇÃO DO MUNDO DE AMANHÁ ?

De modo algum. Isso seria supor uma uniformidade indesejável. Cada um pode ter as suas razões particulares para querer leis mundiais. O que reune os Cidadãos do Mundo é a vontade de realizarem os seus objetivos comuns. Não se pede, pois, às pessoas que renunciem, mesmo provisoriamente, às suas convicções, sejam de que natureza forem, mas convém que cada um respeite as convicções dos outros.

A distinção entre interesses políticos e interesses de sobrevivência (par.5) permite compreender que os seres humanos podem unir-se para exigirem eleições para a Assembléia Constituinte dos Povos, cada um sendo livre, por outro lado, de à Assembléia enviar os representantes de sua escolha.

Assim, numa empresa, os trabalhadores podem querer eleger os seus delegados sindicais, mas pertencerem, no entanto, a partidos, religiões ou grupos de pensamentos diferentes. O pedido de inscrição no Registro, embrião do estado civil mundial, é uma base de acordo suficiente para uma ação conjunta.

COMO CIDADÃO DO MUNDO, VOCÊ PODE E DEVE CONSERVAR AS SUAS PRÓPRIAS OPINIÕES.

9. QUE MEIOS PODEM UTILIZAR OS CIDADÃOS DO MUNDO ?

Cabe a cada indivíduo, logo que tenha tomado verdadeiramente consciência das suas responsabilidades face à comunidade mundial, descobrir ele próprio os meios mais eficazes de ação, tendo em conta as suas possibilidades, o meio em que vive, as circunstâncias do momento.

O essencial é conservar sempre presente no espírito a meta escolhida, isto é, a criação de organismos mundiais supranacionais. E' evidente, no entanto, que esta meta não será alcançada sem que se tenha realizada uma ampla informação permitindo ao maior número de pessoas ascenderem à consciência mundial. Poderá, pois, ser útil que os mais avançados nesse aspecto se encontrem e elaborem, em comum, técnicas de ação progressivamente apuradas. A mundialização das coletividades é uma dessas técnicas; o Congresso dos Povos, o Registro dos Cidadãos do Mundo são outras. E' preciso que segundo as necessidades, outras iniciativas sejam prosseguidas.

COMO CIDADÃO DO MUNDO, VOCÊ CONSTITUI, NA SUA DIVERSIDADE, O PRIMEIRO EMBRIÃO DO POVO MUNDIAL.

10. IDÉIAS UTÓPICAS?

Podemos primeiro responder que depende da ação de cada um que elas não o sejam. Podemos, depois, fazer notar que , nas circunstâncias atuais, tudo deve ser tentado para evitar a guerra e debelar a fome, mesmo que as oportunidades de sucesso pareçam mínimas ou longínquas. Mas convém acrescentar que as idéias que acabam de ser expostas respondem à preocupação profunda das massas populares de todos os paises e que respondem também aos apelos dos homens clarividentes cujas vozes autorizadas se fazem ouvir, todos os dias mais numerosas no mundo inteiro, por exemplo, as das 13 personalidades de renome internacional que assinaram uma declaração em favor da cidadania mundial e reproduzida na imprensa. O que a maior parte sente e não pode ou não sabe dizer, o que alguns proclamam em voz alta, ou que todos desejam do fundo deles própios, não pode ser uma utopia. Pertence-nos, hoje, exigir dos governos os abandonos limitados de soberania necessários à organização de paz e de segurança mundiais.

É VOCÊ QUE TORNA A PAZ IMPOSSÍVEL SE FICAR PASSIVO, FATALISTA E CÚMPLICE.

11. NÃO SE PODERIAM ESPERAR OS MESMOS RESULTADOS DA AÇÃO DA ONU ?

Não. Porque a ONU atual é apenas a emanação dos governos nacionais que, por definição, não podem desembaraçar-se dos seus interesses particulares para se elevaram ao nível dos interesses mundiais. No seu seio concretiza-se e afirma-se a divisão do mundo em grupos que apenas se preocupam em paralisar-se reciprocamente e a votam assim à impotência.

NEM A ONU, NEM OS ESTADOS SUBSTITUIRÃO A POTENCIA ATIVA DOS HOMENS E DOS POVOS.

12. QUE É PRECISO FAZER PARA SER UM VERDADEIRO CIDADÃO DO MUNDO ?

É preciso primeiro reconhecer as suas responsabilidades face à comunidade mundiale, a par disso dar uma expressão concreta e inscrever-se num Centro de Registro. É preciso sobretudo esforçar-se por participar, na medida dos seus meios, para despertar a consciência mundial por toda a parte onde seja possível na preparação prática das eleições para uma primeira representação no plano mundial.

LANÇAMOS-LHE UM APELO : DECIDA-SE A FALAR, AGIR, PENSAR E SENTIR COMO CIDADÃO DO MUNDO.

Personalidades mundialmente conhecidas que se pronunciaram a favor da Cidadania Mundial ou que preconizaram a criação de instituições mundiais:

Stringfellow Barr, Hervé Bazin, Lord Boyd Orr, André Breton, Umberto Compagnolo, Albert Camus, Pablo Casals, Josué de Castro, Daniel-Rops, Danilo Dolci, Georges Duhamel, René dumont, Albert Einstein, Perre Girard, Shinzo Hamaï, J.-L.Hromadka, João XXIII, Toyohito Kagawa, Alfred Kastler, thomas Mann, Jacques Maritain, Emmanuel Mounier, Yehudi Menuhin, Nehru, Rajan Nehru, Paulo VO, Linus Pauling, François Perroux, Abade Pierre, Emery Reves, Paul Rivet, Jean Rostand, Bertrand Russel, Yvan Supek, Teilhard de Chardin, Hans Thirring, Vercors, Richard Wright, etc.

(texto original redegido pela Commissão de Mundialização do Lot.)

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