Os Cidadãos do Mundo não devem pensar nos Governos ou nos parlamentos para reunir a Assembleia Constituinte mundial, que dará à Humanidade os meios para assegurar a paz e triunfar sobre a miséria mundial. Devemos tomar nossos próprios assuntos em nossas mãos e criar, progressivamente, a Assembleia representativa dos povos do mundo; eis aqui a ideia básica do projeto do Congresso dos Povos.

Tendo-se em conta a debilidade provisional das forças mundialistas, é necessário prever um organismo que possa nascer rapidamente, que comece a funcionar com poucos gastos, que trabalhe sem escândalos e que possa desenvolver-se em sucessivas etapas, côo o fim de fim de chegar a ser cada vez mais representativo.

À medida que o Congresso dos Povos se reforce, chegará a ser cada vez mais representativo e se constituirá ante os Estados-nações,

• uma tribuna dos povos, uma tribuna para aqueles que desejam gritar sua angústia pelo porvir da Humanidade, e que até agora só tinham unicamente podido fazer ouvir sua voz isoladamente,
• uma tribuna também para as organizações que têm demonstrado sua vontade de servir à Humanidade.

O Congresso dos Povos pode e deve ter, em cada fase de seu desenvolvimento, um papel importante a desempenhar: à medida que sua representatividade seja maior, sua voz - a nossa - será mais forte, e os próprios Governos deverão ter em conta esta nova força transnacional.